Possuindo um incomensurável acervo de informações históricas, passando de 11 mil assuntos (entre eles, mais de 300 dados biográficos de pioneiros santanenses e mais de 500 fotos históricas que registram o crescimento demográfico e social da cidade portuária do Amapá).



sábado, 13 de dezembro de 2014

A Primeira Gestão Municipal de Santana (1989-1992)


Rosemiro Rocha (esq.) ao lado do governador Anníbal Barcellos (meio) e da 1ª Dama Mariinha Barcellos, durante evento em Santana. (foto de 1991)


Após a promulgação do Decreto-lei n° 7.639 de 17 de dezembro de 1987, que elevaria o distrito de Santana à categoria de município do então Território Federal do Amapá foi necessário a realização de votos diretos para eleger um chefe executivo para o novo município amapaense. A população santanense teve sua primeira eleição municipal realizada no dia 15 de novembro de 1988, colocando na cadeira majoritária do Executivo Municipal o então vereador de Macapá Rosemiro Rocha Freires que, aos poucos, foi buscando simpatia de seu povo e desenvolvendo inúmeros projetos de infraestrutura e urbanização local. 

Categórico na função do Legislativo do Amapá desde 1982, Rosemiro assumiu o cargo de chefe do executivo municipal após uma tumultuada eleição que colocou o candidato Aroldo Góes (PFL) na 2ª colocação por uma minúscula diferença inferior a 500 votos. 

Em 1° de janeiro de 1989, o recém-eleito prefeito – que tinha como vice a professora Oneide Gomes da Silva – empossou seu secretariado executivo para coordenar sua administração, sendo assim os três primeiros secretários municipais: José Muniz Ferreira (Chefe de Gabinete), o advogado Edinardo Maria Rodrigues (procurador jurídico), e Sivaldo da Silva Brito (secretário administrativo de Finanças). Com menos de seis meses de posse na prefeitura, Rosemiro logo buscou apoio do então governador do recém-criado Estado do Amapá, Jorge Nova da Costa, com a aquisição de 03 veículos que serviriam para atendimento à população. 

Seu mandato ficou marcado por inúmeros fatos como a solenidade de inauguração da sede provisória da Câmara de vereadores de Santana, ainda no primeiro ano de sua gestão; assim como a iniciativa de reforma da Unidade Mista de Santana do município (atual Hospital Estadual de Santana). Sancionou e instalou os três primeiros distritos municipais, que foram: Igarapé da Fortaleza, Ilha de Santana e Igarapé do Lago. 

No início de 1990, a Prefeitura de Santana firmaria um convênio Federal no valor de quase CR$ 10 milhões de cruzeiros para a construção de dois centros de saúde (no distrito de Igarapé da Fortaleza e na Vila Daniel), recursos vindos por parte do Sistema Unificado de Descentralização da Saúde (SUDS); também inauguraria o posto de saúde da Área Portuária, que atenderia dezenas de moradores dessa região e da Ilha de Santana, como também o Centro de Saúde Alberto Lima. Essas obras foram todas entregues antes de meados de 1990. 

Devido certo crescimento populacional ocorrido após a elevação do município, Santana expandiu-se rapidamente, levando a recém-administração municipal a urbanizar bairros como o recente Novo Horizonte que, em menos de um ano de existência, já se constituía de cerca de 600 famílias. 

No curto governo de Gilton Garcia (de maio a dezembro de 1990), Santana ainda recebeu apoio para o melhoramento de sua infraestrutura, incluindo reformas em diversos prédios públicos (como a Câmara de Vereadores, a feira do produtor e a sede do executivo); também seria iniciada a construção do monumento simbólico no trecho circunferencial curvado ao lado do Quartel da Polícia Militar, dedicado ao lazer social dos munícipes, e em referência à exploração mineral que vinha sendo sua principal fonte econômica. 

Culturalmente, em sua gestão, patrocinou o primeiro “Carnaval de Rua” do município, que teve o apoio do Bloco do Povo, o mais antigo de Santana, onde estiveram presentes o Rei Momo (“Seu Alzo”) e a Rainha Momo (“Catola”). Instituiu os símbolos e o hino municipal, após realizar um concurso para a escolha destes. 

Em 1991, com o retorno do Comandante Anníbal Barcellos para o Governo do Amapá (agora eleito 1° governador pós-Estado), Rosemiro garantiu apoio financeiro para o setor de infraestrutura do município, efetuando abertura, terraplanagem e asfaltamento de diversas ruas e avenidas da cidade; construindo cinco novas escolas de ensino fundamental (sendo 03 na zona urbana e 02 na zona rural), com isso ampliando de 1.400 alunos primários em 1989 para 3.200 alunos em 1991; melhorando o fornecimento de energia elétrica para a Ilha de Santana (doando um gerador para a comunidade), e até colocando em funcionamento a Usina de Beneficiamento de Asfalto da Prefeitura. 

No setor econômico, Rosemiro investiu na adaptação de dois galpões para ali funcionarem a Feira do Produtor de Santana e outra servindo de Armazém para colonos; inaugurou a primeira Feira Municipal (conhecida como “mete-a-mão”); e acompanhou a instalação da Área de Livre Comércio de Macapá e Santana (ALCMS). 

Em dezembro de 1992, dias antes de deixar o cargo de prefeito, Rosemiro Rocha entregou cerca de 200 casas populares (de madeira), construída no recém-criado bairro do Provedor, situado atrás do Cemitério Municipal, para abrigar famílias carentes cadastradas pela PMS; também entregou a primeira etapa do Estádio Antônio Villela, o “Villelão”, uma das obras públicas jamais concluídas.

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